"Prepare o seu coração, prás coisas que eu vou contar.Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão, eu venho lá do
sertão.E posso não lhe agradar...Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar.E a morte, o destino, tudo. A morte e o destino,
tudo... estava fora de lugar.Eu vivo prá consertar...Na boiada já fui boi, mas um dia me montei.Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse.Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade.Do dono de uma boiada, cujo vaqueiro morreu...Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte muito gado,muita gente, pela vida segurei.Seguia como num sonho. E boiadeiro era um rei...Mas o mundo foi rodando, nas patas do meu cavalo.E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando, as
visões se clareando...Até que um dia acordei...Então não pude seguir, valente em lugar tenente, e dono de
gado e gente.Porque gado a gente marca, tange, ferra, engorda e mata.Mas com gente é diferente...Se você não concordar, não posso me desculpar, não canto
prá enganar, vou pegar minha viola, vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar.
Na boiada já fui boi. boiadeiro já fui rei, não por mim nem por
ninguém que junto comigo houvesse.Que quisesse ou que pudesse por qualquer coisa de seu, por
qualquer coisa de seu.Querer ir mais longe que eu...Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo, e já que um
dia montei agora sou cavaleiro.Laço firme e braço forte dum reino que não tem rei."
Posso não lhe agradar.
segunda-feira, 27 de abril de 2009 às 20:52
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário