Acabei de chegar de uma palestra no Centro Espírita que frequento, e preciso dividir com quem quer que seja, ou 'anotar' aqui para quando eu me esquecer. O tema era Obsessão e Desobsessão.
Começou com a pergunta, quem é o obsessor, e a resposta, arrancada a força de que somos nós. Quem fuma? quem cheira? quem gosta de fofoca? quem odeia alguém? amnhã, quando morrermos teremos as mesmas necessidades, gostaremos e odiaremos as mesmas coisas e sendo assim nos tornaremos obsessores, das pessoas que têm pra dar aquilo de que precisamos. Então temos um novo olhar sobre o obsessor, que deixa de ser espírito inferior, pra ser um de nós, e para nós, queremos sempre outro tratamento.
Pergunta dois, quem é o 'culpado' pela obsessão? Quem cultiva o produto a ser barganhado, quem atrai interesses em energia, em pensamentos, em fluídos? A resposta também é inegável.
Pergunta três: Alguem já viu em algum lugar, em algum livro, em alguma publicação que Deus criou a maldade? Que existe maldade em Deus. Não. Se pressupomos um Deus infinitamente justo e bom, não podemos conceber que esse mesmo Deus crie algo mal. Deus nos criou puros e ignorantes, e nossos atos errados advem da ignorância. Portanto nesse universo, não existe maldade, não existe o mal, existe a ignorância, que existe em todos nós, em proporções diferentes.
E se, enfim, somos menos ignorantes do que outra pessoa, temos mais responsabildade sobre nosso julgamento, se nós aprendemos, tivemos pessoas que se propuseram a ter paciência de nos ensinar, porque nos julgamos no direito de fazer diferente agora, na nossa vez.
Ele pediu pra pensarmos como lidamos com a inorância das crianças, disse que viu as professoras recebendo o filho dele na escola, e apaciência que elas tem, porque não abrem mão do papel de educadoras, e que para fazermos isso com diferença, para fazer ensinamento virar caráter, temos que fazer isso amorosamente, porque amor, nós não conhecemos, conhecemos amar. E como lidamos diferente com a ignorância de adolescentes, como nossa violência aumenta, e segundo ele, na ignorância adulta a gente atira, hoje em dia.
Porque não lidamos com a ignorância alheia amorosamente e sempre como educadores, como certamente agiram com a gente diversas vezes.
O palestrante perguntou se existia obsessão entre vivos, e respondemos em coro que não. E ele disse, ninguem aqui nunca se apaixonou, é exemplo clássico de obsessão, e nós não adoramos quando o objeto da nossa paixão, fala que nos ama, fala que sim, somos importantes. E não é isso que somos para os nossos obsessoes? Seres, tão humanos quanto nós, que perderam anos e anos, por uma atitude nossa. A melhor maneira de encerrar uma obsessão é ser amorosa com o obsessor, trata-lo como gostariamos de sermos tratados.
E certamente devemos muito aos nossos obsessoes, por exemplo, o corpo humano não aguentaria fumar 2 maços de cigarro por dia por anos, e se sobrevivemos é porque parte do cigarro que fumamos, não fica no nosso corpo. Nossos obsessores, nos levam mais longe do que nossos mentores em geral, porque ainda caminhamos pela dor, ele ainda deu como exemplo nossa presença no Grupo Noel, nenhum de nós estaria lá se nossa vida estivesse ótima, teriamos coisas mas legais pra fazer, certamente, o que nos leva a Deus, além da fé é a esperança... esperança de que as coisas vão melhorar e que alguem olha por nós com o maior amor do mundo, e sabe o que esta fazendo, tem um plano.
Disse que tem amigas que trabalham com assistência social, que lhes disseram que moradores de rua só morrem em duas situações, 1. na noite mais fria do ano. 2. quando são mortos. porque sao protegidos, porque eles são um caminho fácil, por onde os espíritos conseguem drogas, bebidas, pensamentos e palavras ruins. De certa maneira, são protegidos.
Ao final, na hora das perguntas, falou que é dificil pedir desculpas, primeiro porque disse que o fato de pedirmos desculpa nos obriga a tomar cuidado de não repetir o ato, e que pedimos desculpa, esperando sermos desculpados, e que isso mexe com nosso orgulho. Nosso papel é pedir desculpas, o perdão, quando fazemos mal à alguem e não fazer com que a pessoa nos perdoe, a resposta que virá é a vitória ou desgraça da outra pessoa, não a nossa.
Disse que a depressão é uma raiva guardada, que quando não podemos explodir, implodimos. E que ao final isso vira doença, que é certamente prova do amor de Deus, que nos ama tanto, que nos ensina, como educador, amorosamente, e sem desistir nunca. Que quando alguem diz: estou tão doente, ele responde: está com pressa, morre que passa. A doença morre, a gente não.
Disse mais milhões de coisas bacanas que não lembro exatamente agora, e quero deixar claro, que estou escrevendo isso aqui porque gostei muito da palestra, sei que tudo o que ouvi lá, e reproduzi aqui, é meta, não pode deixar de ser, e sei que estou longe do que tenho aprendido.
2 comentários:
6 de maio de 2009 às 09:11
Muito bom flor....ouvir por telefone foi melhor ainda! Obrigada...
Bjo te amo
11 de maio de 2009 às 06:18
Flor!! Quero que vc venha um dia em casa contar isso pra minha mãe... num lanche da tarde bem gostoso.
Depois te conto porque!
Beijo te amo!
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