Só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão.


"Mexo, remexo na inquisição.
Só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão.
Eu sou pau pra toda obra.
Deus dá asas à minha cobra.
Minha força não é bruta, não sou freira nem sou puta.
Porque nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda.
Meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem.
Nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda.
Meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem.

Sou rainha do meu tanque.
Sou pagu indignada no palanque.
Fama de porra-louca, tudo bem, minha mãe é Maria ninguém.
Não sou atriz, modelo, dançarina.
Meu buraco é mais em cima.
Porque nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda.
Meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem."

Ainn!


=l

Aii não tenho postado muito, fiquei pensando agora e cheguei a conclusão que: ou meus pensamentos andam meio impublicáveis mesmo (eu acho que é isso), ou eu to muito puritana (no sentido de "aii se lerem isso vão pensar aquilo e se lerem aquilo outro...).
SACO

Terceiro

"Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim!
O resto é seu
Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado
AliásAceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, (...)
E a leve impressão de que já vou tarde."

Trocando em miúdos
Chico Buarque

Segundo

"Obrigado Por ter se mandado
Ter me condenado a tanta liberdade
Pelas tardes nunca foi tão tarde
Teus abraços, tuas ameaças
Obrigado por eu ter te amado
Com a fidelidade de um bicho amestrado
Pelas vezes que eu chorei sem vontade
Pra te impressionar, causar piedade
Pelos dias de cão, muito obrigado
Pela frase feita
Por esculhambar meu coração
Antiquado e careta
Me trair, me dar inspiração
Preu ganhar dinheiro.
Obrigado Por ter se mandado
Ter me acordado pra realidade
Das pessoas que eu já nem lembrava
Pareciam todas ter a tua cara
Obrigado
Por não ter voltado
Pra buscar as coisas que se acabaram
E também por não ter dito obrigado
Ter levado a ingratidão bem guardada
Pelos dias de cão, muito obrigado
Pela frase feita
Por esculhambar meu coração antiquado e careta
Me trair, me dar inspiração Preu ganhar dinheiro"

Obrigado
Cazuza

Primeiro.

"Se a gente não tivesse feito tanta coisa
Se não tivesse dito tanta coisa
Se não tivesse inventado tanto
Podia ter vivido um amor grand'hotel...
Se a gente não fizesse tudo tão depressa
Se não dissesse tudo tão depressa
Se não tivesse exagerado a dose
Podia ter vivido um grande amor...
Um dia um caminhão atropelou a paixão
Sem os teus carinhos e tua atenção
O nosso amor se transformou em "bom dia!"
Qual o segredo da felicidade?
Será preciso ficar só prá se viver
Qual o sentido da realidade?
Será preciso ficar só prá se viver...

Se a gente não dissesse tudo tão depressa
Se não fizesse tudo tão depressa
Se não tivesse exagerado a dose
Podia ter vivido um grande amor..."

Amor Grand' Hotel
Kid Abelha

Ponto de vista.



"uns dias chove, noutros dias bate sol"

E entre tantas falsidades, muitas das minhas mentiras já são verdades.

"Já fui obrigada a ir a missa, já toquei piano “para Elisa”
Já aprendi a falsear meu sorriso, já caminhei pela cornija.
Já troquei de lugar minha cama, já fiz comédia e já fiz drama.
Já fui honesto e já fui desonesto, já me passei por bom e já tive má fama.
Já fui ético e já fui lúbrico, já fui cético e fanático.
Já fui abúlico, fui metódico, já fui impudico e fui caótico.
Já li Artur Conan Doyle, já me passei de nafta a gás óleo.
Já li Breton, e Moliere, já dormi em colchão e em estrado.
Já troquei a cor do cabelo, já estive contra e já estive a favor.
O que me dava prazer agora me dá dor.
Já estive do outro lado no balcão.
Já escuto voz que me fala sem razão “Você sempre trocando, já não trocará mais”.
E eu estou cada vez mais igual.
E já não sei o que fazer comigo.

Já me afoguei em um vaso de água, e plantei café me Nicarágua.
Já fui tentar a sorte nos EUA, já joguei roleta russa.
Já acreditei nos marcianos, já fui ovo lacto vegetariano.
São, fui quieto e fui sedutor, já estive tranqüilo e já estive em prantos.
Já fiz curso de mitologia, mas os deuses riam de mim.
Ourivesaria passei raspando, e ritmologia, aqui estou aplicando.
Já provei, já fumei, já tomei, já deixei, já assinei, já viajei, já peguei.
Já sofri, já iludi, já fugi, já assumi, já fui, já voltei, já fingi, já menti.
E entre tantas falsidades, muitas das minhas mentiras já são verdades.
Fiz fácil adversidades, e me compliquei nas ninharias.
Já escuto voz que me fala sem razão “Você sempre trocando, já não trocará mais”.
E eu estou cada vez mais igual.
E já não sei o que fazer comigo.

Já fiz um lifting, coloquei piercing, fui ver o Dream Team, e não houve feeling.
Tatuei o Che em uma nádega, encima de mami para que não saia.
Já ri e não me importei de coisas e pessoas que agora me dão medo.
Já jejuei por besteira, já me entupi com frango no spiedo.
Já fui ao psicólogo, fui ao teólogo, fui ao astrólogo, fui ao enólogo.
Já fui alcoólico e fui lambeta, já fui anônimo e já fiz dieta.
Já joguei pedras e cusparada nos lugares onde agora trabalho.
E meu dossiê conta por empreitada, que me comportei bem e já armei barraco.
Já escuto voz que me fala sem razão “Você sempre trocando, já não trocará mais”
E eu estou cada vez mais igual.
E já não sei o que fazer comigo."
música: Ya no se que hacer conmigo
Banda: El Cuarteto de Nos
* Versão traduzida, e indicação do Diogo.

Obsessão e Desobsessão

Acabei de chegar de uma palestra no Centro Espírita que frequento, e preciso dividir com quem quer que seja, ou 'anotar' aqui para quando eu me esquecer. O tema era Obsessão e Desobsessão.
Começou com a pergunta, quem é o obsessor, e a resposta, arrancada a força de que somos nós. Quem fuma? quem cheira? quem gosta de fofoca? quem odeia alguém? amnhã, quando morrermos teremos as mesmas necessidades, gostaremos e odiaremos as mesmas coisas e sendo assim nos tornaremos obsessores, das pessoas que têm pra dar aquilo de que precisamos. Então temos um novo olhar sobre o obsessor, que deixa de ser espírito inferior, pra ser um de nós, e para nós, queremos sempre outro tratamento.
Pergunta dois, quem é o 'culpado' pela obsessão? Quem cultiva o produto a ser barganhado, quem atrai interesses em energia, em pensamentos, em fluídos? A resposta também é inegável.
Pergunta três: Alguem já viu em algum lugar, em algum livro, em alguma publicação que Deus criou a maldade? Que existe maldade em Deus. Não. Se pressupomos um Deus infinitamente justo e bom, não podemos conceber que esse mesmo Deus crie algo mal. Deus nos criou puros e ignorantes, e nossos atos errados advem da ignorância. Portanto nesse universo, não existe maldade, não existe o mal, existe a ignorância, que existe em todos nós, em proporções diferentes.
E se, enfim, somos menos ignorantes do que outra pessoa, temos mais responsabildade sobre nosso julgamento, se nós aprendemos, tivemos pessoas que se propuseram a ter paciência de nos ensinar, porque nos julgamos no direito de fazer diferente agora, na nossa vez.
Ele pediu pra pensarmos como lidamos com a inorância das crianças, disse que viu as professoras recebendo o filho dele na escola, e apaciência que elas tem, porque não abrem mão do papel de educadoras, e que para fazermos isso com diferença, para fazer ensinamento virar caráter, temos que fazer isso amorosamente, porque amor, nós não conhecemos, conhecemos amar. E como lidamos diferente com a ignorância de adolescentes, como nossa violência aumenta, e segundo ele, na ignorância adulta a gente atira, hoje em dia.
Porque não lidamos com a ignorância alheia amorosamente e sempre como educadores, como certamente agiram com a gente diversas vezes.
O palestrante perguntou se existia obsessão entre vivos, e respondemos em coro que não. E ele disse, ninguem aqui nunca se apaixonou, é exemplo clássico de obsessão, e nós não adoramos quando o objeto da nossa paixão, fala que nos ama, fala que sim, somos importantes. E não é isso que somos para os nossos obsessoes? Seres, tão humanos quanto nós, que perderam anos e anos, por uma atitude nossa. A melhor maneira de encerrar uma obsessão é ser amorosa com o obsessor, trata-lo como gostariamos de sermos tratados.
E certamente devemos muito aos nossos obsessoes, por exemplo, o corpo humano não aguentaria fumar 2 maços de cigarro por dia por anos, e se sobrevivemos é porque parte do cigarro que fumamos, não fica no nosso corpo. Nossos obsessores, nos levam mais longe do que nossos mentores em geral, porque ainda caminhamos pela dor, ele ainda deu como exemplo nossa presença no Grupo Noel, nenhum de nós estaria lá se nossa vida estivesse ótima, teriamos coisas mas legais pra fazer, certamente, o que nos leva a Deus, além da fé é a esperança... esperança de que as coisas vão melhorar e que alguem olha por nós com o maior amor do mundo, e sabe o que esta fazendo, tem um plano.
Disse que tem amigas que trabalham com assistência social, que lhes disseram que moradores de rua só morrem em duas situações, 1. na noite mais fria do ano. 2. quando são mortos. porque sao protegidos, porque eles são um caminho fácil, por onde os espíritos conseguem drogas, bebidas, pensamentos e palavras ruins. De certa maneira, são protegidos.
Ao final, na hora das perguntas, falou que é dificil pedir desculpas, primeiro porque disse que o fato de pedirmos desculpa nos obriga a tomar cuidado de não repetir o ato, e que pedimos desculpa, esperando sermos desculpados, e que isso mexe com nosso orgulho. Nosso papel é pedir desculpas, o perdão, quando fazemos mal à alguem e não fazer com que a pessoa nos perdoe, a resposta que virá é a vitória ou desgraça da outra pessoa, não a nossa.
Disse que a depressão é uma raiva guardada, que quando não podemos explodir, implodimos. E que ao final isso vira doença, que é certamente prova do amor de Deus, que nos ama tanto, que nos ensina, como educador, amorosamente, e sem desistir nunca. Que quando alguem diz: estou tão doente, ele responde: está com pressa, morre que passa. A doença morre, a gente não.
Disse mais milhões de coisas bacanas que não lembro exatamente agora, e quero deixar claro, que estou escrevendo isso aqui porque gostei muito da palestra, sei que tudo o que ouvi lá, e reproduzi aqui, é meta, não pode deixar de ser, e sei que estou longe do que tenho aprendido.

Você não sabe acompanhar.

Se eu fingir e sair por aí na noitada.
Me acabando de rir.
Se eu disser que não digo, e não ligo e que fico.
Só vou aprontar...
É que eu sambo direitinho assim bem miudinho...
Cê não sabe acompanhar.
Vou arrancar sua saia, e por no meu cabide.
Só prá pendurar.
Quero ver se você tem atitude, se vai encarar...
Se eu sumir dos lugares, dos bares, esquinas e ninguém me encontrar.
E se me virem sambando até de madrugada, e você for até lá...
É que eu sambo direitinho, assim bem miudinho... Cê não sabe acompanhar.
Vou arrancar tua blusa e por no meu cabide só prá pendurar.
Quero ver se você tem atitude se vai encarar...
Chega de fazer fumaça, de contar vantagem quero ver chegar junto prá me juntar, eh!
Me fazer sentir mais viva, me apertar o corpo e a alma, me fazendo suar.
Quero beijos sem tréguas, quero sete mi'léguas sem descansar.
Quero ver se você tem atitude, se vai encarar...
Se eu fingir e sair por aí na noitada.
Me acabando de rir.
E se eu disser que não digo, e não ligo e que fico.
E que só vou aprontar...
É que eu mando direitinho, assim bem miudinho sei que você vai gostar
Vou arrancar tua blusa e por no meu cabide só prá pendurar.
Quero ver se você tem atitude se vai encarar...

Virada.


Posso dizer que a do ano passado foi bem mais organizada, pelo menos ano passado eu cheguei lá com mais tanquilidade, também consegui ouvir melhor o som, ano passado.


Mas esse ano foi muito mais divetido, muito mais leve, muito mais passeio. E eu ganhei a única moeda de 10 centavos que provavelmente será diferente de todas as outras que eu receberei.


E depois não quer que eu agradeça?! ahhhh.



Post muito atrasado. Mas faço questão que conste que; como sempre me fez muito bem estar com eles, e apesar disso eu estava com saudades. Não pretendo deixar acontecer de novo.


A viagem foi muito bacana, o que já é tradição em viagens de aniversário do Pê, a gente enche a cara, da muita risada, dança, fala merda, fumam narguile, fumo cigarro, e depois fico por um tempão olhando as fotos e sentindo uma saudade ótima, do que já aonteceu, foi ótimo e vai acontecer de novo várias vezes.


Como se não bastasse tudo isso, eu fiquei em paz. E paz, é como o ar, é imprescindível, mas a gente só da valor quando falta.


Mais uma vez, amo vocês todos.